Durante todo o verão, a formiga se ocupava de recolher alimentos para quando chegasse o inverno.
A cigarra, sua vizinha, olhava a amiga trabalhar e lhe dizia às gargalhadas:
-Ó, formiga, deixe de ser tola. Venha tomar sol, cantar, olhar esta paisagem maravilhosa.
-Não posso-dizia a formiga. -Tenho que armazenar lenha e alimentos para quando o inverno chegar.
As duas passaram o verão desta forma, uma cantando, outra trabalhando. Quando o inverno chegou, a formiga trancou-se em casa com fogo na lareira e comida de sobra para três meses. A pobre da cigarra, que havia passado o verão de viola em punho, não tinha onde se abrigar e estava quase morta de fome e de frio, quando foi pedir socorro à formiga:
-Minha amiga, me dê um agasalho e um prato de comida ou morrerei ao relento. Meus ossos estão congelando.
-Amiga?Ainda ontem você me chamava de tola, agora sou sua amiga?Enquanto eu trabalhei, você cantou, pois agora dance.
Fonte: Ivana Arruda Leite(adapt.) Fábulas de Esopo.São Paulo:Escal Educacional,2044.
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